Arte e cultura de Cachoeiro; Crônicas, poesias, artigos. Literatura e Cultura local.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Fui, vi, gostei e indico!
sábado, 14 de novembro de 2009
Flor de julho
Rompe entre as folhagens
flor tão branca quanto a estação.
Lá fora, indícios de modernidade
Na alma, o silêncio dos momentos intermináveis.
Proust, Lacan, Benjamin Walter, Apocalipse Now!
Mensagens codificadas
decodificadas
folhas dispersas pelo vento
jogadas aqui e acolá
reunidas num suave movimento
de pensamentos organizados.
Construção
desconstrução do ser
labirintos interiores...
Rompem jardins imensos
folhas ressecadas
pelo vento
brancas pétalas colocadas
sutilmente sobre a terra árida:
Florbela...
Verônica
"Ler e escrever. Para quê? Para quem?"
Você , professor, já parou para pensar nisso? Nilson Moulin, na manhã de sexta, oportunizou aos presentes uma reflexão sobre a leitura, mais precisamente, na escolha de conteúdos direcionados a nossos alunos.
A partir da reflexão de uma de suas obras, foi debatido a questão da linearidade, esta que não se faz presente em uma de suas obras , e ainda, no fator dedicação e mais tempo à leitura, por parte de professores e alunos. Fez-nos refletir no que denominou " República bananeira", quando os profissionais da área da educação pulam de escola em escola para garantir o emprego ficando sem tempo para dedicar-se à leitura.Foi debatido ainda uma questão sempre presente na escola: a falta de bibliografia ao ser trabalhado com os alunos algumas obras.
Quanto a linearidade , faço minha as palavras da mediadora, também professora : "os alunos estão mais do que acostumados, ao navegarem pela internet."
" Mulher é bicho desdobrável" - Adelia Prado
Afonso Claudio: precursor da modernidade capixaba
Os que se fizeram presentes ao evento promovido no dia 12, na Bienal Capixaba do Livro, tiveram seus conhecimentos ampliados.
O professor e escritor Estilaque Ferreira dos Santos falou sobre o Dr. Afonso claudio - este que foi defensor da abolição, resgate cultural - floclore, e primeiro pesquisador a resgatar a memória negra.
Juntamente com o prof. Francisco Aurelio Ribeiro, deram uma verdadeira aula de história e conhecimento, despertando no público presente o desejo de pesquisa, principalmente, sobre o Espírito Santo.
Sobre o Dr. Afonso Claudio, vale registrar:
- o primeiro abolicionista
- lider dos Republicanos, juntamente com Bernardo Horta
- primeiro olhar ( científico / histórico) dirigido ao negro
- membro da Academia de Letras
- término de sua trajetória foi como professor universitário
domingo, 8 de novembro de 2009
A felicidade
Está nas pequenas coisas da vida...
Então, desejo à você
Um monte de
Coisinhas:
Manhãs de sol
Sessão da tarde deitado na rede
Noites de céu repleto de estrelas
Caminhar descalço pela areia fina da praia
Num papo alegre com o ser amado
Ou melhor amigo...
Desejo,
Ainda:
jardim coberto de flores coloridas
Para alegrar sua vida
Iluminar seus olhos
Perfumar seus dias...
Desejo, à você:
Vida
Alegria
Uma Omelete de Poesia!
veronica eugenio
Bienal Capixaba do Livro
05/11. Ziraldo, "Ler é mais importante que estudar", das 15h às 16h
09/11. Norma Seltzer Goldstein e Ilana Seltzer Goldstein, Projeto Jorge Amado, das 15h às 17h
10/11. Neusa Sorrenti, "Poesia: Um encantamento para sempre", das 15h às 17h
11/11. Evanildo Bechara, "O novo acordo ortográfico", das 9h30 às 11h30
11/11. Moacyr Scliar, "A leitura na formação do escritor", das 15h às 17h
12/11. Estilaque Ferreira dos Santos e Francisco Aurélio Ribeiro, "Afonso Cláudio: Precursor da modernidade capixaba", das 09h30 às 11h30
12/11. Ana Miranda, "O olhar de Rubem Braga sobre as mulheres", das 15h às 17h
12/11. Bernadette Lyra, "Vivendo no limite do tempo: A experiência de escrever sobre uma mulher do passado do Espírito Santo", das 15h às 17h
12/11. Claudia Matarazzo, "Vai encarar?", 18h30
13/11. Nilson Moulin, "Ler e escrever. Para quê? Para quem?", das 9h30 às 11h30
13/11. Affonso Romano Sant?Anna, "A leitura como caminho para transformação social", das 15h às 17h
OFICINAS.
09/11. Turma do Frederico, Teatro de Bonecos, 10h e 14h
10/11. Ricardo Ferraz, Quadrinhos e Cartuns, 10h e 14h
11/11. Carmem Bridi, A arte da dobradura - Origami, 10h e 14h
12/11. Ilvan Filho, Introdução ao desenho, 10h e 14h
13/11. Acácia M. Picolli, Musicalização na educação infantil (séries iniciais), 10h e 14h
DESFILE.
12/11. Desfile de pessoas com deficiência; Moda inclusiva, às 19h30
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS.
Aos sábados e domingos, a cada hora, a partir das 11h, na Praça Estrela (área interna do Shopping Norte Sul) e área Bienal (no espaço da feira)
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
As belezas de Angola
Se algum dia voar mais além, irei certamente a dois lugares muito especiais para mim: Angola e Portugal.
Dos amigos que por aquelas terras passaram só ouvi elogios e, muito me desperta interesse o povo e a expressão cultural , típicos de cada um.
Por enquanto, as fotos preenchem os espaços vazios de meus atentos olhos...
Consciência Negra
SOU NEGRO
A Dione Silva
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
Na minh'alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...
(Solano Trindade)
domingo, 1 de novembro de 2009
Exclusivo do Blogg
A importãncia do evento
Para o Artista Plástico e professor de Artes , Jéferson Braga Martins, o evento dá-se pelo agrupamento dos diversos setores ligados a cultura de Cachoeiro de Itapemirim. “ Neste evento foi possível eleger o delegado representante do setor cultural de nossa cidade. Fortalecimento que vêm tomando corpo ao logo dos anos e que tomou forma agora, com esta conferência." Segundo Jeferson, a soma das partes gera o todo proporcional de nossa sociedade.
C3 - Conferência Municipal de Cultura de Cachoeiro De Itapemirim
Na primeira pré-conferência foi possível uma reflexão e análise de atividades voltadas para a música, dança, teatro, cultura LGTB e étnica.
Na segunda pré conferência foram apresentados dados sobre o artesanato, literatura, cinema, fotografia, artes plásticas e gráficas, acervo e patrimônio histórico, museologia , carnaval e cultura digital.
Já no último dia, foi oportunidade da cultura popular, folclore, quadrilha, e cultura religiosa.
Interessante focar que o C3 atende aos temas propostos pelo Plano Nacional Cultural e ainda, aos cinco eixos temáticos estabelecidos pelo Ministério da cultura.
Confira abaixo os “ delegados cachoeirenses” responsáveis por representar a sociedade civil:
Artesanato – Sirlei Alves de Sousa
Artes plásticas – Jéferson Braga Martins
Áudio-visual – Paulo Cesar paraíso de Lima
Charola/bate-flecha/folclore – Izaias Quirino da Silva
Cultura religiosa – Amarildo Costa
Capoeira – Bruno Fajardo Lima
Caxambu/folclore – Canuta Caetano e Maria Laurinda Adão
Quadrilha/folclore - Genivaldo Dalmazio
Carnaval – Ione Garcia , Rosana Ferreira Azevedo, Jonathan Moreira de Souza
Folia de Reis/folclore – José paulino da Silva e Rogério Vieira Machado, Wilson Diniz Cecon
Musica – Bernard Pereira Almeida
Teatro – Maria Isabel Bremide Soares
domingo, 25 de outubro de 2009
ARTES DA FIBRA - CULTURA E TRADIÇÃO LOCAL
" sou persistente, não desisto nunca!
“ O público ainda não aprendeu a valorizar a arte produzida por mãos habilidosas. Possuo uma clientela boa, mas vejo certa repulsa do público jovem, principalmente. Alguns acham o produto caro, não compreendem ser a produção única, exclusiva.
" CRIAR É DAR ASAS A IMAGINAÇÃO'
' A ARTE EMBELEZA A VIDA "
sábado, 24 de outubro de 2009
Sou como árvore plantada à beira do Rio.....
Cachoeiro, terra de gente faz acontecer
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Omelete Marginal em Caxu!
Fico pensando o que seria da vida sem a arte, sem àqueles que sonham, transformam seus desejos em sementes que rasgam a terra, desabrocham e ganham espaço, alcançando aquilo que se tem de singular: a alma humana.
Deixo de presente a cada um de vocês uma leve brisa do que foi estar ali...
sábado, 26 de setembro de 2009
Romântica FM
Coisas da tecnologia
Entre uma pesquisa e outra , o bate-papo com pessoas amigas. Pessoas que realmente podem ser chamadas de amigas. Que não importa tempo, mal- tempo, não nos esquecem, não nos têm apenas como membro de uma lista, não nos escondem de seus familiares, não temem ouvir de nós um lamento por dia ruim, antes nos cumprimentam, nos incentivam se preciso, nos apresentam a seus familiares, nos fazem sentir de casa, mesmo distantes.
Para não deixar que fiquem sem uma palavra amiga, às vezes me atraso, interrompo minhas atividades, deixo de fazer coisas consideradas importantes e descubro que, tão importantes também os são aqueles que me dirigem uma palavra de afeto, saudade, me relatam dores de alma, do corpo, que falam de flores, de música, até mesmo me perguntam sobre as notas das provas dos guris.
Nos poucos momentos que fico on-line, descubro não ser a vida passageira, mas sim, os que comigo seguem nesse imenso vagão, tantas vezes intransponível. São momentos que temos para dividir, conhecer, tantas vezes ajudar a ver a vida com outros olhos e, desperdiçamo , muitas vezes, por falta de tempo, por medo de que o outro passe a fazer parte da rotina, talvez.
Aos poucos , nesta caminhada de vida, tenho descoberto segredos, estes sempre presentes na alma de algum amigo. São enigmas , na verdade, que trazem consigo; São pérolas que passo a levar comigo, cada vez que recebo ou retribuo um breve ou longo olá, dos amigos.
bju em todos!
domingo, 30 de agosto de 2009
Lápis, papel e sensibilidade
Ler e escrever, aprender conteúdos constantes em uma gramática, manusear livros didáticos repletos de conteúdos generalizados. Carteiras , uniformes, professores, conteúdos, provas, trabalhos voltados, no entanto, a um público bastante diferenciado, simples, de mochila pesada e alma suave.
Sonhos.
Não fosse algum professor de olhos e alma incansáveis e os dias de muitos alunos seriam vazios como manhãs de inverno nas altas montanhas. Somente brisa suave ou tempestade os alcançaria, e que não seria sinônimo de renovação.
Dizem que as águias buscam altas montanhas para renovação. De que necessitam nossos alunos para que abandonem a tradicional repetição de idéias, os verbetes, os medos, a visualização das impossibilidades , tantas vezes apresentadas e quase nunca diminuídas, diluídas em conteúdos menos complexos e mais significativos?
Como transformar o lápis, borracha e papel por eles transportados diariamente em instrumentos capazes de registrar momentos indescritíveis; colher fatos do cotidiano, não somente para os analisar e interpretar, antes visualizá-los como elementos de uma grande receita que tem como ingredientes pessoas , seres repletos de singularidades?
Identidade.
Busca , registro, confrontos e a certeza de que ser jovem, adolescente, é ser realmente diferente. É ter na mente o que tantos adultos já deixaram escapar por entre os dedos em certo trecho do caminho. É ver e sentir o mundo com o coração, olhos de pássaro que não teme o beiral, porque sabe que cedo ou tarde terá que contemplar o horizonte. Voar, tantas vezes, sozinho em busca daquilo que tantos de nós já buscamos um dia: realização.
Talvez este seja o maior problema: como encarar um horizonte em que tantos pássaros alcançam e não retornam para dividir as experiências; que as vezes até voltam, mas com suas penas caídas, corpo e almas despedaçados...
Bom saber que ainda existem professores que utilizam além do lápis, papel e borracha, os olhos, a alma e o coração no momento do aprendizado. Que permitem a seus alunos contemplar , bem de perto, o horizonte e os apresenta àqueles que um dia também passaram pelos bancos escolares, cultivaram sonhos , desejaram receber ensinamentos capazes de os conduzir a altas montanhas. E conseguiram.
Que a prática didática experimentada e vivenciada por alunos de tão difícil época, dado as constantes mudanças e inovações, em que família não é mais sinônimo de estabilidade e que a escola tantas vezes torna-se o único elo que os une a uma sociedade fragmentada esteja voltada não somente a repasse de informações antes, seja instrumento capaz de renovação.
Que ler e escrever não seja apenas direcionado ao aprendizado de palavras desenhadas nos livros, nas apostilas, nos romances. Que desde cedo compreendam que melhor que ler as palavras é ler as entrelinhas. Que se tornem lápis capaz de registrar o momento; tenham alma de borracha, para apagar as diferenças e que suas vidas sejam como folha em branco para registrar histórias de homens que aprenderam desde cedo a ser agentes transformadores.
sábado, 8 de agosto de 2009
Pai
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Hilda Hilst
É meu este poema ou é de outra?
Sou eu esta mulher que anda comigo
E renova a minha fala e ao meu ouvido
Se não fala de amor, logo se cala?
Sou eu que a mim mesma me persigo
Ou é a mulher e a rosa escondidas
(Para que seja eterno o meu castigo)
Lançam vozes na noite tão ouvidas?
Não sei. De quase tudo não sei nada.
O anjo que impulsiona o meu poema
Não sabe da minha vida descuidada.
A mulher não sou eu. E perturbada
A rosa em seu destino, eu a persigo
Em direção aos reinos que inventei.
Se os teu olhos não conseguem ultrapassar
a imaginária linha do horizonte
sonhe
imagine
idealize!
Se teus pés caminham por estreitas ruas
torne-se um desbravador
administre
governe
conquiste!
O ritmo de teu coração desconhece
o descompassado ritmo de amar
libere dentro de ti
e
s
p
a
ç
o
s
e
dance
e
cante
invente
e
reinvente
uma vida a dois.
Sê sábio.
Destrua os muros
construa murulhas!
As meninas de teus olhos
são lâmpadas capazes de iluminar
seu interior
portanto,
Não permita que a vida lhe cegue
impeça
momentaneamente,
que seja,
de contemplar as belezas da vida.
Tudo que existe
dentro e fora
de ti
foi feito para lhe fazer feliz
para que você pudesse
tornar alguém feliz.
Sâmara Verônica
07.08.09
sexta-feira, 31 de julho de 2009
saudade
Deve ser saudade o sentimento que navega neste silecioso mar interior..Lágrimas insistem em acariciar minha face, enquanto procuro administrar os pensamentos.
Coisa da idade, de uma mulher com alma de menina. Alguém que, bem cedo, aprendeu a ser gente grande. Trocou as bonecas e panelinhas de brinquedo pela tripla jornada feminina.
Falta-me palavras nessas horas, capazes de colorir todo o universo interior. Fotografar o que as palavras não conseguem registrar.. São tantos sentimentos reunidos, lembranças saltitantes, esperança que surge em cada letra, de cor e forma, reconhecíveis.
Deve ser saudade o sentimento que traz, à mente, o sorriso de cada irmão; dos momentos bons ao lado da família, ainda menina, sentados todos, numa sala pequenina, ao redor de uma mesa, tendo ao centro uma velha lamparina..
O que se ouvia além do grilo, sapos, barulho do vento nas campinas, quando do temporal a luz fugia e, todos aproveitavam para conhecer um pouco das histórias de familia? Narrativas...
Sempre que amigos novos chamam à porta, lembro-me dos que um dia partiram horizonte à dentro. Cá fora, fico a imaginar o tempo , o momento, as alegrias e situações vividas. Imaginar a possibilidade do reencontro.
A Saudade é como beija-flor..
Crônicas...
Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.
Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um menino lírico. Olho-me no espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais publicam de um desaparecido que a família procura em vão.
Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente, docemente em ti, meu amor.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
unforgetable....
TRADUÇÃO....
Unforgettable
Natalie Cole
INESQUECÍVEL
Inesquecível, isso é o que você é
Inesquecível, entretanto próximo ou longe
Como uma canção de amor que gruda em mim
Como o pensamento das coisas que você me faz
Nunca antes será alguém a mais
Inesquecível em todos os sentidos
E sempre (e sempre)
Isso é como você ficará (isso é como você ficará)
Isso é por que meu bem, é incrível
Que alguém tão inesquecível
Pense que eu também seja inesquecível.
Não, Nunca antes será alguém a mais
Ooh inesquecível (inesquecível)
Em todos os sentidos (em todos os sentidos)
E sempre (e sempre)
Isso é como você ficará (isso é como você ficará)
Isso é por que meu bem, é incrível
Que alguém tão inesquecível
Pense que eu também seja inesquecível.
I Mostra de Artes - Cachoeiro
A arte de ver , sentir e expressar a vida
Até ingressar-se na escola, o aluno muitas vezes, não sabe identificar seus dons, não realiza descobertas, não expressa de forma clara suas habilidades. Alguns, até manifestam alguns interesses, como para o desenho, dança, canto, despertando interesse de familiares, amigos, até mesmo profissionais ligados a manifestações artísticas, mas a maioria encontra-se em estado de graça, no útero da imaginação.
E é neste contexto de descobertas que a arte, na escola, surge. Uma disciplina que, embora levada por muitos, como brincadeira, é capaz de desenvolver habilidades e talentos; resgatar a identidade, cultivar práticas tantas vezes adormecidas. Pena que muitas vezes o professor, não saiba despertar ou mesmo abafe a expressão artística de seus alunos. Um comentário, atividades repetitivas ou mesmo fora de um contexto. O abafar a expressão para valorizar aquilo que já se tem pronto, construído. Não que o aluno não deva aprender conceitos necessários, imagina se uma dançarina não treinasse horas e horas, se um pintor não aprendesse a misturar cores, se um fotógrafo permanecesse sempre com a máquina de seus antepassados...
E acredito que tenha sido neste contexto que muitos artistas tenham sido gerados ou visto suas habilidades enterradas. Ainda bem que alguns não se deixam dominar e ultrapassam as imaginárias linhas do horizonte. O que nos faz lembrar de algumas aulas de educação artísticas, as tão esperadas, que nos permitiam deitar no papel sentimentos saltitantes; que nos ensinavam a pregar botões, pintar paninhos de prato, brincar de montar casinhas por meio de maquetes, indo desde a escolha de cores das paredes aos objetos de decoração. Eram aulas muito direcionadas a formação feminina? Sim, até porque muitas escolas eram de freiras, mas havia a possibilidade de crescer e visualizar mudanças. Não se tinha ainda, pelo menos no contexto bancário, exemplos de macacos a pintar telas. Era tudo muito figurativo, mas o azul do céu, as ondas do mar, os pássaros, até mesmo os botões eram possibilidades de escolhas. Digamos que até mesmo a margem, aquela que serve de moldura e , hoje, tão desrespeitadas por alguns alunos, serviam-nos de paradigmas.
Os tempos mudaram. Ás vezes penso se para melhor ou pior, se considerado a falta que nos faz um representante artístico capaz de captar a fragmentação do ser de forma não tão simplória ou mesmo confusa. Penso na possibilidade que a formação artística possibilita ao ser. Enquanto tudo é repetição, regras, a arte surge como inovação. Se repararmos, juntamente com a escrita, torna-se capaz de registrar fatos, colocar para fora aquilo que tantas vezes incomoda, destrói ou melhor, poder mudar todo um contexto.
Se no passado a disciplina tenha caráter sócio –educativo, hoje a arte pode resgatar vidas, realizar o mesmo diálogo, porém de forma mais direcionada e menos formal. Artes pode interagir com matemática, ciências, inglês, Português, com a família, com as prioridades do mundo, ajudando no combate a violência, colaborando cognitivamente, ao reconhecer-se capaz de idealizar uma obra sem antes nunca tê-la visto, ao poder resgatar sua identidade, construí-la por meio de uma exposição, oficinas,
Ser professor de Artes trás algumas indagações, questionamentos...afinal, o que será que o aluno precisa aprender para desenvolver suas habilidades? Somos , possuímos todos uma alma artística? Como desenvolver os talentos que tantas vezes já nasce com ele? Como modificar o olhar daquele que não se interessa sequer por manifestar suas habilidades?
Diante de tantas indagações que certamente um professor de tão singular arte traz consigo indagações como : De que forma torná-lo sensível, perceptível ao que está ao seu redor? Como e o que devo ensinar aquele que não tem interesse por nada? Como contribuir com técnicas apropriadas a cada manifestação artística sem desconsiderar o que já esta pronto? Talvez estas sejam as prioridades de alguns professores, a minha, pelo menos diante de tantas possibilidades oferecidas. Identidades construídas tantas vezes sem paradigmas, num contexto onde a arte não oferece apenas retorno financeiro.
Como professor de Arte espero ser capaz de traduzir, em poucas linhas, prática de vida, todo conteúdo a mim repassado no curso. Desejo conduzir meus alunos a grandes descobertas. A andarem por suas trilhas interiores e serem capazes de identificar, naquilo que já foi construído, possibilidades de manifestar-se, crescer, modificar e construir um mundo melhor.
Artista não somente que capta, sente, registra, mas artista capaz de decifrar as necessidades do outro, do mundo. Um pincel , pés, mente, que vai ao encontro do outro.
sábado, 20 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Deus, meu criador e mestre
A ti, oh Deus, meu Criador
elevo esta prece
elevo meu pensamento e entrego
meus desejos, dores e sonhos.
Sou fraca e, tantas vezes me sinto só
ando pela vida
em busca de alguém que possa me orientar
esqueço-me que somente em ti
há o conforto necessário
a paz
a possibilidade de vida em abundância.
Acolhe-me, Oh Deus, meu criador
deixa-me deitar em teu colo
afaga-me os cabelos
perdoa-me se não faço o que deseja
se sou filha que perscruta o beiral
em vez de acolher-me em seus átrios.
Acolhe-me, oh Deus, e cuida dos que me são
especiais
sou tua filha, oh mestre
cuida de mim
porque de ti dependo para ser e fazer
a outros felizes.
Arte e Cultura
A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo
A vida e suas formas de ser vista e sentida. A percepção, a sensibilidade, o fazer e o refazer quando se trata de percorrer caminhos que conduzem a expressão cultural de um povo, comunidade, pessoa.
Desde o nascimento e ser respira, digere, vive e transpira cultura, porém muitos sequer dão conta da sua contribuição para o fazer cultural de um povo, enquanto outros se apossam do fazer cultural de outrem para bem próprio.
Apesar da diversidade, a possibilidade de leitura e interpretação do mundo a partir da busca de uma identidade social. Modos, padrões, hábitos, costumes, tradições, gostos, modo de pensar, agir, sentir, vestir, sabores e ritmos que se cruzam e apontam para o fazer cultural do ser humano.
O acordar numa manhã e sentir falta de hábitos e costumes, tantas vezes distante de seu olhar; o participar de determinados festejos, sem se dar conta de suas origens, o reconhecer-se em práticas culturais adormecidas, o repassar hábitos e costumes a outros de forma espontânea, sem reconhecer-se , no entanto historiador de seu tempo.
Como viver isolado, se parte integrante da grande espinha dorsal: a sociedade. Esta que desde a sua origem unifica os homens, apesar de suas diversidades. Espinha que ergue a humanidade em sua trajetória. Torre de babel que se comunica por meio da identidade construída, no entanto, a partir da possibilidade de expressar-se, sentir, perceber e sentir o mundo.
Mundo , mundo, vasto mundo, que no entanto se unifica quando se trata de expressar-se. Diferenças culturais, civilizações mais ou menos, adiantadas, diferenças biológicas, geográficas, erudição, cultura popular, de massa, questões endógenas, exógenas, endocultura, e a velocidade com que as transformações atingem o homem, o grupo, levando-o a adaptar-se, desejar transformar o mundo real por meio da história de vida a si repassada, vivenciada por si próprio.
O que demarca, dá significação e comunica os diferentes modos de pensar e sentir a vida: a linguagem. Esta que lhe permite transmitir sua história de geração em geração. A comunicação pela intersemiose, os signos verbais, as práticas culturais, a cultura expressa por meio da materialização do pensamento.
Zora...nossa lendária cidade, e a real necessidade do ser em se comunicar. A necessidade do diálogo cultural, o expressar-se nas diferentes manifestações para não morrer no esquecimento. O resistir a cultura de massa, tantas vezes afastado da erudição para transformar-se no artista de seu tempo.
A industrialização, a informatização, os meios de comunicação com seu poder de emancipação e a possibilidade de tronar-se ponto de intersercção na interação sujeito -sociedade. Mas a quem é dado o poder de conscientização senão ao homem . Independente de classe social, raça, etnia, A possibilidade de adquirir conhecimento e torná-la pratica significativa. E quando ainda adormecida, uma proposta educativa torna-se capaz de desenvolver uma consciência multicultural, O despertar no ser aptidões, valores capazes de transformar o meio e a si, Ser atento as transformações e necessidade de dividir seus conhecimentos.
Pensar cultura, na contemporaneidade, trilhar caminhos que conduzem a valorização de praticas culturais independentes de camadas sociais. É relacionar-se com diferentes tipos de conhecimento. Reconhecer que diferentemente de Zora, é necessário andar pelas ruas da cidade com olhos voltados para as transformações. Usar de toda sensibilidade para recuperar o que já está quase adormecido. É ter percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-se capaz de encaixar as ideais do artista, seja ele proveniente da cultura de massa ou popular,a sua prática cotidiana.
Vivamos as diferenças culturais , não nos deixemos confinar como Kabala e Amala,. Vivemos num Brasil audiovisual, sim, mas não nos deixemos ser comprados pela cultura de massa, não abandonemos nossas tradições, tantas vezes por vergonha. Tenhamos percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-nos capazes de encaixar as ideais do artista, , a nossa prática cotidiana.
Ivo Pessoa
Composição: Paulo Henrique e Paulinho Soledade
Quando os olhos vêem
domingo, 7 de junho de 2009
A Arte de Ver, Sentir e expressar a vida
O que é a vida senão um palco, uma tela, espaço em que os protagonistas elaboram conceitos, registram idéias, dividem ideais. E o que é a Arte senão uma forma de ver e sentir a vida, os fatos, as pessoas, tudo aquilo que de certa forma dialoga com nosso interior. Lápis que se deixa mover pela emoção, que não se importa de ser possuída por uma alma ,tantas vezes , intraduzível e que as vezes pode se comunicar timidamente, num simples rabisco, outras , numa repetição de pontos realizados por uma agulha de crochet, de bordar, de tricotar ou ainda, manifestando-se na cultural de um povo, comunidade.
Até ingressar-se na escola, o aluno muitas vezes, não sabe identificar seus dons, não realiza descobertas, não expressa de forma clara suas habilidades. Alguns, até manifestam alguns interesses, como para o desenho, dança, canto, despertando interesse de familiares, amigos, até mesmo profissionais ligados a manifestações artísticas, mas a maioria encontra-se em estado de graça, no útero da imaginação.
E é neste contexto de descobertas que a arte, na escola, surge. Uma disciplina que, embora levada por muitos, como brincadeira, é capaz de desenvolver habilidades e talentos; resgatar a identidade, cultivar práticas tantas vezes adormecidas. Pena que muitas vezes o professor, não saiba despertar ou mesmo abafe a expressão artística de seus alunos. Um comentário, atividades repetitivas ou mesmo fora de um contexto. O abafar a expressão para valorizar aquilo que já se tem pronto, construído. Não que o aluno não deva aprender conceitos necessários, imagina se uma dançarina não treinasse horas e horas, se um pintor não aprendesse a misturar cores, se um fotógrafo permanecesse sempre com a máquina de seus antepassados...
E acredito que tenha sido neste contexto que muitos artistas tenham sido gerados ou visto suas habilidades enterradas. Ainda bem que alguns não se deixam dominar e ultrapassam as imaginárias linhas do horizonte. O que nos faz lembrar de algumas aulas de educação artísticas, as tão esperadas, que nos permitiam deitar no papel sentimentos saltitantes; que nos ensinavam a pregar botões, pintar paninhos de prato, brincar de montar casinhas por meio de maquetes, indo desde a escolha de cores das paredes aos objetos de decoração. Eram aulas muito direcionadas a formação feminina? Sim, até porque muitas escolas eram de freiras, mas havia a possibilidade de crescer e visualizar mudanças. Não se tinha ainda, pelo menos no contexto bancário, exemplos de macacos a pintar telas. Era tudo muito figurativo, mas o azul do céu, as ondas do mar, os pássaros, até mesmo os botões eram possibilidades de escolhas. Digamos que até mesmo a margem, aquela que serve de moldura e , hoje, tão desrespeitadas por alguns alunos, serviam-nos de paradigmas.
Os tempos mudaram. Ás vezes penso se para melhor ou pior, se considerado a falta que nos faz um representante artístico capaz de captar a fragmentação do ser de forma não tão simplória ou mesmo confusa. Penso na possibilidade que a formação artística possibilita ao ser. Enquanto tudo é repetição, regras, a arte surge como inovação. Se repararmos, juntamente com a escrita, torna-se capaz de registrar fatos, colocar para fora aquilo que tantas vezes incomoda, destrói ou melhor, poder mudar todo um contexto.
Se no passado a disciplina tenha caráter sócio –educativo, hoje a arte pode resgatar vidas, realizar o mesmo diálogo, porém de forma mais direcionada e menos formal. Artes pode interagir com matemática, ciências, inglês, Português, com a família, com as prioridades do mundo, ajudando no combate a violência, colaborando cognitivamente, ao reconhecer-se capaz de idealizar uma obra sem antes nunca tê-la visto, ao poder resgatar sua identidade, construí-la por meio de uma exposição, oficinas.
Cultura
cultura
cultura
c u l t u r a
Para simplesmente adquiri-la
necessário se faz conhecimento.
Para tornar-se parte dela
é necessário captá-la nos mínimos movimentos,
gestos.
Preciso é tocá-la
senti-la
nos inúmeros tons da vida.
cultura?
se adquiri desde o despertar para a vida
mas para ser vivida
sentida
usufruída
necessário se faz o convívio
a troca de experiência , às vezes,
até respeito pela jeito de ser e viver do outro.
Cultura é tudo e é nada;
tudo, porque sem ela não se totalmente livre
nada, se ficar tão somente restrita aos livros
velhas folhas de papel em branco.
Cultura é vida.
É a caneta pela qual
se registra a emoção
a criatividade
expressão ímpar
de um povo
de uma nação.
É minha
a sua
a nossa
carteira de identidade.
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Quem sou eu
- Verônica
- Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.