sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Ano Novo bate à porta. Não é momento de olhar para trás, afinal, não se tem mais como recolher folhas soltas ao vento. Repensar palavras, atitudes, pensamentos, qualquer coisa que se tenha feito de forma, inadequada, no decorrer do ano que, praticamente se foi, talvez não solucione problemas advindos do momento, porém, não se tem como negar que servem de alerta para que, no decorrer de 2011, algumas mudanças possam ocorrer, no interior e exterior de cada um.
Quando se nasce um filho, quantas esperanças...Quando se inicia um novo ano, quantas espectativas, embora sejam mesmos os dias do mês, os meses, as estações, mas assim como a singularidade de cada ser, cada ano oferece inúmeras possibilidades de acertos.
Quando se é jovem, este ritual de passagem tem caráter festivo, afinal, tudo é novidade; na idade madura, talvez alguns reflitam nas conquistas e metas a serem alcançadas. Quando se tem estrutura física e alma jovens, ocorre a fusão de sentimentos denominada sensibilidade, esta capaz de transformar todo o momento vivido em adubo capaz de alimentar os dias, os meses, os sonhos, que hão de nascer e, até mesmo os adormecidos, afinal, aprendeu-se a cultivar o que se tem de singular dentro de cada um: conhecimento, habilidade e atitude.
Portanto, novo ou velho, novo e velho, todo novo, todo velho: permita-se renovar neste 2011 e Deus, seja a bússula, farol e âncora, em todos os momentos!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

imagens da ' cheia do itapemirim'

Águas do Itapemirim




Desperta, tu que dormes


à margem do Itapemirim!


Eis que águas adormecidas


oferecem-lhe perigo.


O dia surge nublado e,


no coração da cidade,


acelera-se o ritmo


dos habitantes,


enquanto invadem


apressadamente ruas


praças


jardins


avenidas


lojas e casas


as águas do Itapemirim...


As garças não alçaram voo ao amanhecer


solidárias aos moradores


ora sobrevoam a cidade


ora retornam aos seus ninhos.


Se da janela do apartamento


contempla o prédio ilhado


a criança


rolinhas alimentam-se nos beirais...


A Vinte e Cinco de Março,


a Jeronimo Monteiro


Avenida Beira Rio..


população ribeirinha dos bairros


Coronel Borges


Baiminas


não se tem como fugir da força das águas


que abraça o leito


invade espaços sem pedir licença


ou desculpas


apenas passa


deixando um rastro de destruição.


De seus berços, contemplam os mortos...


Quase a tocar os céus,


o Itabira..


nas ruas ,calçadas e janelas


o povo:


sem choro


sem lamúria


apenas olhares e corações


silenciosos.


Assim como o Itabira,


contemplam a cheia do Itapemirim...



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fim de tarde...

Em meio aos transeuntes, aos que descansam os pés, talvez da longa caminhada pelas ruas da cidade, aos que procuram abrigo em meio à verticalidade, descanso aos olhos, procuro acomodar as lentes da câmera à imagem que se apresenta.


São poucos e, no entanto, oferecem aos olhos e alma a certeza de que o espaço não é vão. Talvez à procura de um ambiente que os acolham, assim como os deslocados homens à metrópole que lhe compacta os sonhos, sente-se como parte de um conjunto habitável por todos, já não mais voa, apenas caminha ora pela grama , ora pelo calçadão.


Centralizada na lente da câmera e descentralizada de seu habitat, ave que se abriga no silêncio dos que por ali se fazem presentes, que, assim como os presentes, passa a fazer parte do conjunto que se estabelece no centro da cidade.


Assim como os homens que arregaçaram as mangas e lutam por dignidade e cidadania, avança passo a passo entre os transeuntes, procura abrigo do calor dos prédios aquecidos, esconde os olhos ao brilho produzido pelo reflexo dos veículos, alimenta-se das sobras de alimentos. Sacia a sede nas poças que se formam próxima ao chafariz.


Não mais teme os que dela se aproxima. Talvez, assim como os contemporâneos homens, sinta-se parte integrante da sociedade, tenha se desintegrado de si próprio para adequar-se a realidade moderna. O mundo real colado a um particular olhar. A frieza da máquina e o congelamento das idéias, num pedaço de papel.

A reflexão de um breve momento que se arrasta metrópoles afora.

tarde de domingo




Em meio aos transeuntes, aos que descansam os pés, talvez da longa caminhada pelas ruas da cidade, aos que procuram abrigo em meio à verticalidade, descanso aos olhos, procuro acomodar as lentes da câmera à imagem que se apresenta.
São poucos e, no entanto, oferecem aos olhos e alma a certeza de que o espaço não é vão. Talvez à procura de um ambiente que os acolham, assim como os deslocados homens à metrópole que lhe compacta os sonhos, sente-se como parte de um conjunto habitável por todos, já não mais voa, apenas caminha ora pela grama , ora pelo calçadão.
Centralizada na lente da câmera e descentralizada de seu habitat, ave que se abriga no silêncio dos que por ali se fazem presentes, que, assim como os presentes, passa a fazer parte do conjunto que se estabelece no centro da cidade.
Assim como os homens que arregaçaram as mangas e lutam por dignidade e cidadania, avança passo a passo entre os transeuntes, procura abrigo do calor dos prédios aquecidos, esconde os olhos ao brilho produzido pelo reflexo dos veículos, alimenta-se das sobras de alimentos. mata sua sede nas poças que se formam próxima ao chafariz.
Não mais teme os que dela se aproxima. Talvez, assim como os contemporâneos homens sinta-se parte integrante da sociedade, tenha se desintegrado de si próprio para adequar-se a realidade moderna. O mundo real colado a um particular olhar. A frieza da máquina e o congelamento das idéias num pedaço de papel. A reflexão de um breve momento que se arrasta metrópoles afora.

pequenas coisas...

As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêem
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão


(Oswald de Andrade –
Cânticos dos Cãnticos para flauta e violão)
As coisas são
As coisas vêm
As coisas vão
As coisas
Vão e vêem
Não em vão
As horas
Vão e vêm
Não em vão


(Oswald de Andrade –
Cânticos dos Cãnticos para flauta e violão)

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Quem sou eu

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.