sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Viver é perigoso...

É madrugada. Somente eu e meus pensamentos permanecem acordados. Diferente dos demais, não me pegou pelos pés, o cansaço. Fico a ler e reler os e-mail recebidos no decorrer da semana. vida agitada, esta, que nos leva a tomar conhecimento das notícias advindas dos amigos, ou familiar distante, tantas vezes, dias depois.

Esta semana,  comentávamos sobre este fato: ler mensagens atrasadas. Revelou-me constrangida, uma amiga, que, embora  navegante na era  digital, quando as informações cruzam o espaço na  velocidade da luz, tomou ciência da morte de uma tia, sete dias após o ocorrido, ao lhe encaminharem a lembrança, também via e-mail. "Morava em outra cidade, comentou, mas não ter lido a mensagem encaminhada, encaminhar aos parentes uma palavra de conforto, imperdoável.

Certamente não eram tão corridos os dias em tempos nem tão distantes. Lembro-me de meus pais trabalharem o dia todo e ainda lhes sobrar tempo para uma prosa na sala, mesmo diante da TV, ou mesmo o tradicional Rosário, antes de dormir.

Hoje, na aula de Literatura, ao ler um texto, fragmento, na verdade de Guimarães Rosa, fiquei a imaginar, no meu interior, como viver é perigoso. Não somente ante os desafios, perigos de morte, mas na singeleza do existir. O ser o que somos, sem perder, no entanto, a essência do existir.  O eterno conflito em ser o que somos e  ser o  que esperam que sejamos. O previsível e o indecifrável ato de viver, cômoda ou inquietamente.

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.