Arte e cultura de Cachoeiro; Crônicas, poesias, artigos. Literatura e Cultura local.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
A vida se renova
domingo, 26 de abril de 2009
Semana abençoada, amigos
1
¶ [Salmo de Davi]
2
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
3
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias.
sábado, 25 de abril de 2009
Ainda não é primavera
É cuidar do jardim para que elas venham até você."
[Mário Quintana]
Amo violetas. Ganhei poucas e morreram todas. Uma delas, acompanhou-me por muitos anos, até que, ao regressar de uma viagem, por falta de cuidado , empregadas, sabe como é, não a pude mais ver. Não sei como se deu a partida. Talvez tenha sentido minha falta, assim como eu, todas as manhãs, e se desfez no ar. Outras, as folhas foram perdendo o viço, ganhando aspecto meio de ferrugem, e foram caindo uma a uma.Cogitaram ser algum inseto que as possa ter contaminado, acho que o ar quente do asfalto, a poeira da rua, o ver-se presa entre as grades, embora cercada de árvores, tenha contribuído para sua partida.
Não sei explicar o que tanto me encanta nelas: a mistura de cores ou a fragilidade... Sei que tem o poder de me fazer chorar. Não , choro de mágoa ou desancanto, mas um mister de solidão e solicitude.
Apesar da beleza, não possuem perfume. Não são como as rosas. São verdadeiramente delicadas, até mesmo no exalar. Quantas vezes comprei saches que pudessem fazer companhia a elas. Abria a janela, a cortina, deixava entrar o brilho do sol na varanda e perfumava o ambiente com aromas de violeta. Se fazia bem a elas não sei, a mim eram momentos de extrema estrepolia. Coisas de quem não tem nada para fazer nas tardes de domingo...distantes tempos..
Violetas, a tempos não as ganho, compro, admiro. Terei deixado de lado a simplicidade da vida? Na escola, ainda menina, aprendi a cantar: roses are red, violets are blue... e cantarolava pelo caminho de volta para casa. Nunca fui boa em traduzir , mas era capaz de captar estados de alma.
A violeta que, por muito tempo me acompanhou , foi dada por uma pessoa não muito amiga. Amiga oculta. Na hora, pensei: uma flor tão delicada , doada por alguém tão cheia de espinhos... No entanto, foi a flor que mais durou.
Não foi a primeira que chegou, mas a que por muito tempo permeou minhas fantasias, fez-me olhar para ela com olhar jamais partilhado.
Violetas...cumpriu a missão àquela que se foi ; ficou, porém, o vazio na janela.
terça-feira, 21 de abril de 2009
O Pensamento é vida
Roque Trevisan
Não te perturbes pensando no passado triste.Conduz teu pensamento com segurança para o futuro.Pensa na beleza que por toda parte existe...E sorri,que serás feliz de novo; eu juro!Não profiras palavras de protesto ou de lamúria.Nem te detenhas a viver a vida no passado,Recordando ofensas de alguém ou perversa injúria,Na ingratidão cruel ou noutro desagrado!Talvez já saibas que o pensamento é vida.E que, em qualquer circunstância, poderás viver feliz.Até mesmo a dor deixará de ser sentida.Se ao pensamento deres uma nova diretriz!Procura manter sempre pensamentos de alegria.E verás que até o pranto ficará ausente.Entrega teu passado a Deus e terás em troca um dia.Toda felicidade e paz, e um mundo diferente!As lágrimas poderão te vir um dia.Já que provêm de toda sorte de emoção.Mas, só terás então, lágrimas de alegria.Não mais de dor, de mágoa, de aflição!Louva sempre a Deus que te deu a vida.-Graça sublime, a mais bela e preferida.De quantos sintam o gosto de viver.Se pensares sempre assim, de nova forma,Verás então que, para ti, tudo se transforma.E na própria vida sentirás maior prazer!
O tema da contradição
"Que haja coisas iguais,que haja casos iguais:é uma ficção no juízo como, depois ,no raciocínio.”Nietzsche
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O nunca , o quase e o jamais
abril.2009 - 49m
Quem nunca dormiu demais e perdeu a hora
Chegou atrasado no trabalho e culpou o trânsito
Sentiu vontade de chutar o balde
Dizer para o chefe o quanto ele é chato.
Quem nunca teve vontade de sair no meio de uma reunião
Deixar tudo sobre a mesa
ir tomar um sorvete, ao cinema ou simplesmente
ir para casa dormir, ver sessão da tarde ou futebol.
Quem quase fez um gol
Tirou um zero, um dez
Comprou ou trocou o carro, bateu
Caiu no buraco, da escada.
Quem quase ligou no meio da noite
Declarou seu amor
Falou que não amava mais
Deu o tão sonhado beijo.
Quem jamais pensou em ser feliz
Sofreu de mal de amor
Perdeu um amigo muito querido
Amou e não sentiu vontade de amor de novo.
Quem nunca, quase ou jamais
Teve sonhos de amor de olhos abertos
Sorriu ao lembrar-se de alguém especial
Foi surpreendido por uma paixão.
Quem nunca, quase ou jamais
Pensou em tomar banho de mar nu
Imaginou tocar a lua com a ponta do dedo
Pensou em colher estrelas e plantá-las no teto do quarto.
Quem nunca amou sem ser amado
quase perdeu um grande amor
jamais pensou em dizer eu te amo
olhando nos olhos.
Quem poderá dizer
que nunca foi feliz
quase alcançou a felicidade
Jamais amou e foi amado
Senão aquele que
Nunca errou
Quase fez o que deveria ter feito
Nunca desejou ser verdadeiramente feliz.
domingo, 19 de abril de 2009
Emoções
Roberto Carlos
Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Quando eu estou aqui
domingo, 5 de abril de 2009
Nada te turbe
http://www.youtube.com/watch?v=qfGRkNyAp7E
Nada te turbe (Letrilla que llevaba por registro en su breviario)
Santa Tereza
Nada te turbe;
nada te espante;
todo se pasa;
Dios no se muda,
a pacïencia todo lo alcanza.
Quien a Dios tiene,nada le falta.
Solo Dios basta.
Nada te turbe
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Reminiscências
Reminiscências
Há momentos, palavras, objetos, que nos trazem à mente fatos adormecidos. Quando penso que meus avós descansarão, finalmente, em seus berços esplêndidos, eis que uma ventania passa por minha varanda trazendo um suave perfume de saudosismo.
Saudosismo ou reminiscência? Não importa, já que para alguns, tudo não passará mesmo de registros, dado a pouca importância que se é oferecida aos que vivem revirando velhos baús.
E vejo-me, do nada, não a revirar antigas fotos, até porque as tiramos bem pouco, mas a colher aqui e ali, momentos inesquecíveis, vividos em noites de chuvas fortes ou finas, ouvidas à cabeceira da cama, quando resfriados ou mesmo com medo de dormir ou quando a luz, do nada se apagava. Eram histórias de porteiras batendo, morcegos que invadiam as casas, cantigas estranhas e barulhos mata à dentro ,quando noite de lua cheia.
A cura se antecipava, engraçado, e para falar a verdade, adoecer, às vezes, tornava-se estado de graça, pois quase sempre, embalados as histórias, vinham os famosos biscoitos prometidos a João e Maria e, graças a Deus, reservados a nós, pequenos mortais de um tempo não tão distante.
E quando a chuva passava, o frio acabava, a gripe se ia, fugitiva, talvez, de tantas histórias, que bom que era poder brincar de pique, amarelinha, contar os pingos de chuva (como se pudesse), caídas da calha da casa, enquanto da cozinha vovó gritava: menina! Desse jeito apanha de novo uma gripe!
O primeiro arroz, a carne muída, o bolo de chuvas, o cerzir, o bordar, as noites de vésperas de natal , de loja em loja, para encomendar ao Papai Noel um presentinho para a Maria, João, Ceci... O que me faz lembrar da Ceci, aquela que comigo brincava nas tardes de domingo , de bonecas, panelinhas, costureira...
La fora a chuva cai. O outono já chegou e acho que com ele veio também a primavera, o verão e o inverno...Porque será que o inverno é uma estação que sempre cruza nossas estações interiores?O que me faz pensar ainda na juventude atual. Será que traz consigo, algum adolescente, jovem,,criança, momentos que possam ser embalados, guardados cuidadosamente em laços de fitas para quando o outono bater-lhe à porta?
Dizem-nos, quando abordados sobre o tema, não ser preciso naftalinas para conservar as lembranças; que as digitais captam a alma do ser, que as mensagens digitais revelam em pouco tempo e espaço o bem estar em se poder matar a saudade, quando se mora tantas vezes do outro lado da cidade, do pais...Não ouvem mais histórias que metem medo, não furam bolo, não comem bolo quente, não brincam na chuva, não ouvem histórias quando estão febris, sequer sabem o rumo que foi dado a vida de Maria e João. Mas sabem que do outro da tela alguém intercede, com rosário ou Bíblia em mãos para suas vidas não sejam atingidas por balas perdidas; para que, se ao beberem alguma coisa, não corram o risco de adormecer e despertem no meio de um pesadelo, para que as brincadeiras criadas em algumas universidades não lhe estrangulem os sonhos, que seus amigos e amigas tenham sonhos e não delírios .
Se vovó estivesse viva, não sei o que diria a meus filhos, a mim. Somente sei que eu, nos meus quarenta e poucos anos, trago comigo suaves lembranças. E quando tantas vezes, ao entardecer, desligo a teve , ouço no fim de uma rua sem saída, crianças a brincar de pique, amarelinha,, vôlei, futebol e a noite vai caindo lentamente, deixo a penumbra invadir o quarto , fico a imaginar se meus netos e bisnetos terão esta oportunidade. Percebo que assim como tantas outras, a rua , antes de poucas casas, agora já não possui mais espaço. E temo que as casas de varandas e quintais sejam , definitivamente, substituídas por apartamentos, condomínios fechados. Que jogar , brincar de bonecas, fazer amigos, seja algo virtual.
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Quem sou eu
- Verônica
- Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.