Arte e cultura de Cachoeiro; Crônicas, poesias, artigos. Literatura e Cultura local.
sábado, 20 de junho de 2009
domingo, 14 de junho de 2009
Deus, meu criador e mestre
A ti, oh Deus, meu Criador
elevo esta prece
elevo meu pensamento e entrego
meus desejos, dores e sonhos.
Sou fraca e, tantas vezes me sinto só
ando pela vida
em busca de alguém que possa me orientar
esqueço-me que somente em ti
há o conforto necessário
a paz
a possibilidade de vida em abundância.
Acolhe-me, Oh Deus, meu criador
deixa-me deitar em teu colo
afaga-me os cabelos
perdoa-me se não faço o que deseja
se sou filha que perscruta o beiral
em vez de acolher-me em seus átrios.
Acolhe-me, oh Deus, e cuida dos que me são
especiais
sou tua filha, oh mestre
cuida de mim
porque de ti dependo para ser e fazer
a outros felizes.
Arte e Cultura
A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo
A vida e suas formas de ser vista e sentida. A percepção, a sensibilidade, o fazer e o refazer quando se trata de percorrer caminhos que conduzem a expressão cultural de um povo, comunidade, pessoa.
Desde o nascimento e ser respira, digere, vive e transpira cultura, porém muitos sequer dão conta da sua contribuição para o fazer cultural de um povo, enquanto outros se apossam do fazer cultural de outrem para bem próprio.
Apesar da diversidade, a possibilidade de leitura e interpretação do mundo a partir da busca de uma identidade social. Modos, padrões, hábitos, costumes, tradições, gostos, modo de pensar, agir, sentir, vestir, sabores e ritmos que se cruzam e apontam para o fazer cultural do ser humano.
O acordar numa manhã e sentir falta de hábitos e costumes, tantas vezes distante de seu olhar; o participar de determinados festejos, sem se dar conta de suas origens, o reconhecer-se em práticas culturais adormecidas, o repassar hábitos e costumes a outros de forma espontânea, sem reconhecer-se , no entanto historiador de seu tempo.
Como viver isolado, se parte integrante da grande espinha dorsal: a sociedade. Esta que desde a sua origem unifica os homens, apesar de suas diversidades. Espinha que ergue a humanidade em sua trajetória. Torre de babel que se comunica por meio da identidade construída, no entanto, a partir da possibilidade de expressar-se, sentir, perceber e sentir o mundo.
Mundo , mundo, vasto mundo, que no entanto se unifica quando se trata de expressar-se. Diferenças culturais, civilizações mais ou menos, adiantadas, diferenças biológicas, geográficas, erudição, cultura popular, de massa, questões endógenas, exógenas, endocultura, e a velocidade com que as transformações atingem o homem, o grupo, levando-o a adaptar-se, desejar transformar o mundo real por meio da história de vida a si repassada, vivenciada por si próprio.
O que demarca, dá significação e comunica os diferentes modos de pensar e sentir a vida: a linguagem. Esta que lhe permite transmitir sua história de geração em geração. A comunicação pela intersemiose, os signos verbais, as práticas culturais, a cultura expressa por meio da materialização do pensamento.
Zora...nossa lendária cidade, e a real necessidade do ser em se comunicar. A necessidade do diálogo cultural, o expressar-se nas diferentes manifestações para não morrer no esquecimento. O resistir a cultura de massa, tantas vezes afastado da erudição para transformar-se no artista de seu tempo.
A industrialização, a informatização, os meios de comunicação com seu poder de emancipação e a possibilidade de tronar-se ponto de intersercção na interação sujeito -sociedade. Mas a quem é dado o poder de conscientização senão ao homem . Independente de classe social, raça, etnia, A possibilidade de adquirir conhecimento e torná-la pratica significativa. E quando ainda adormecida, uma proposta educativa torna-se capaz de desenvolver uma consciência multicultural, O despertar no ser aptidões, valores capazes de transformar o meio e a si, Ser atento as transformações e necessidade de dividir seus conhecimentos.
Pensar cultura, na contemporaneidade, trilhar caminhos que conduzem a valorização de praticas culturais independentes de camadas sociais. É relacionar-se com diferentes tipos de conhecimento. Reconhecer que diferentemente de Zora, é necessário andar pelas ruas da cidade com olhos voltados para as transformações. Usar de toda sensibilidade para recuperar o que já está quase adormecido. É ter percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-se capaz de encaixar as ideais do artista, seja ele proveniente da cultura de massa ou popular,a sua prática cotidiana.
Vivamos as diferenças culturais , não nos deixemos confinar como Kabala e Amala,. Vivemos num Brasil audiovisual, sim, mas não nos deixemos ser comprados pela cultura de massa, não abandonemos nossas tradições, tantas vezes por vergonha. Tenhamos percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-nos capazes de encaixar as ideais do artista, , a nossa prática cotidiana.
Ivo Pessoa
Composição: Paulo Henrique e Paulinho Soledade
Quando os olhos vêem
domingo, 7 de junho de 2009
A Arte de Ver, Sentir e expressar a vida
O que é a vida senão um palco, uma tela, espaço em que os protagonistas elaboram conceitos, registram idéias, dividem ideais. E o que é a Arte senão uma forma de ver e sentir a vida, os fatos, as pessoas, tudo aquilo que de certa forma dialoga com nosso interior. Lápis que se deixa mover pela emoção, que não se importa de ser possuída por uma alma ,tantas vezes , intraduzível e que as vezes pode se comunicar timidamente, num simples rabisco, outras , numa repetição de pontos realizados por uma agulha de crochet, de bordar, de tricotar ou ainda, manifestando-se na cultural de um povo, comunidade.
Até ingressar-se na escola, o aluno muitas vezes, não sabe identificar seus dons, não realiza descobertas, não expressa de forma clara suas habilidades. Alguns, até manifestam alguns interesses, como para o desenho, dança, canto, despertando interesse de familiares, amigos, até mesmo profissionais ligados a manifestações artísticas, mas a maioria encontra-se em estado de graça, no útero da imaginação.
E é neste contexto de descobertas que a arte, na escola, surge. Uma disciplina que, embora levada por muitos, como brincadeira, é capaz de desenvolver habilidades e talentos; resgatar a identidade, cultivar práticas tantas vezes adormecidas. Pena que muitas vezes o professor, não saiba despertar ou mesmo abafe a expressão artística de seus alunos. Um comentário, atividades repetitivas ou mesmo fora de um contexto. O abafar a expressão para valorizar aquilo que já se tem pronto, construído. Não que o aluno não deva aprender conceitos necessários, imagina se uma dançarina não treinasse horas e horas, se um pintor não aprendesse a misturar cores, se um fotógrafo permanecesse sempre com a máquina de seus antepassados...
E acredito que tenha sido neste contexto que muitos artistas tenham sido gerados ou visto suas habilidades enterradas. Ainda bem que alguns não se deixam dominar e ultrapassam as imaginárias linhas do horizonte. O que nos faz lembrar de algumas aulas de educação artísticas, as tão esperadas, que nos permitiam deitar no papel sentimentos saltitantes; que nos ensinavam a pregar botões, pintar paninhos de prato, brincar de montar casinhas por meio de maquetes, indo desde a escolha de cores das paredes aos objetos de decoração. Eram aulas muito direcionadas a formação feminina? Sim, até porque muitas escolas eram de freiras, mas havia a possibilidade de crescer e visualizar mudanças. Não se tinha ainda, pelo menos no contexto bancário, exemplos de macacos a pintar telas. Era tudo muito figurativo, mas o azul do céu, as ondas do mar, os pássaros, até mesmo os botões eram possibilidades de escolhas. Digamos que até mesmo a margem, aquela que serve de moldura e , hoje, tão desrespeitadas por alguns alunos, serviam-nos de paradigmas.
Os tempos mudaram. Ás vezes penso se para melhor ou pior, se considerado a falta que nos faz um representante artístico capaz de captar a fragmentação do ser de forma não tão simplória ou mesmo confusa. Penso na possibilidade que a formação artística possibilita ao ser. Enquanto tudo é repetição, regras, a arte surge como inovação. Se repararmos, juntamente com a escrita, torna-se capaz de registrar fatos, colocar para fora aquilo que tantas vezes incomoda, destrói ou melhor, poder mudar todo um contexto.
Se no passado a disciplina tenha caráter sócio –educativo, hoje a arte pode resgatar vidas, realizar o mesmo diálogo, porém de forma mais direcionada e menos formal. Artes pode interagir com matemática, ciências, inglês, Português, com a família, com as prioridades do mundo, ajudando no combate a violência, colaborando cognitivamente, ao reconhecer-se capaz de idealizar uma obra sem antes nunca tê-la visto, ao poder resgatar sua identidade, construí-la por meio de uma exposição, oficinas.
Cultura
cultura
cultura
c u l t u r a
Para simplesmente adquiri-la
necessário se faz conhecimento.
Para tornar-se parte dela
é necessário captá-la nos mínimos movimentos,
gestos.
Preciso é tocá-la
senti-la
nos inúmeros tons da vida.
cultura?
se adquiri desde o despertar para a vida
mas para ser vivida
sentida
usufruída
necessário se faz o convívio
a troca de experiência , às vezes,
até respeito pela jeito de ser e viver do outro.
Cultura é tudo e é nada;
tudo, porque sem ela não se totalmente livre
nada, se ficar tão somente restrita aos livros
velhas folhas de papel em branco.
Cultura é vida.
É a caneta pela qual
se registra a emoção
a criatividade
expressão ímpar
de um povo
de uma nação.
É minha
a sua
a nossa
carteira de identidade.
Seguidores
Quem sou eu
- Verônica
- Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.