sábado, 20 de junho de 2009


Esta semana fiquei sabendo de algo que me chamou por demais atenção. Conheci um grupo de estudantes que caminham cerca de 4km até chegarem ao local onde sai o ônibus escolar , quando seguirão mais 1h até chegar à escola.




Não é por tomar conhecimento do fato que afirmo serem eles alunos nota dez. Alunos que sempre surpreendem os professores com perguntas, respostas e atitudes. E que deverriam servir de exemplo para muitos meninos e meninas criados na cidade e, que tantas vezes, passam às 5h de estudos a conversar, jogar papel, dizer que a vida é muito chata...




Cada vez mais me conscientizo ser necessário tomar uma atitude rígida para com determinados alunos. Assim como os próprios colegas de sala dizem, serem tomadas atitudes punitivas que não se limitassem a registros em folhas e folhas de papel. Que lhes fossem atribuídas tarefas a serem executadas na escola, na comunidade, caso não cumpram com suas obrigações: respeito, interesse e rendimento. Não para satisfaçao do professor, da escola, mas em repeito aos colegas que desejam etudar, se esforçam e lógico, para crescimento próprio.




Muita coisa mudou depois que alguns pais delegaram a escola o ato de educar. Ausentaram-se, passaram a não cobrar respeito não só para com os professores, mas principalmente, para com os colegas, já que no final de ano, estudando ou não, como sempre afirmam, também passarão...




De onde vem tanta certeza, afinal? Quem lhes asssegura o privilégio de serem o que são: agressivos, desinteressados, dominadores, o " eu sou" , enquanto em silêncio ficam àqueles que desejam aprender, se fazem de tolos para não sofrer represálias?




Vejo que ainda existem pais preocupados com a educação de seus filhos, e isso reflete diretamente na sala de aula. Tudo flui tão bem quando se tem respeito, educação e interesse. Não sou a favor do ensino cuspe e giz, menos ainda do somente eu sei, mas ha´momentos em que o silêncio, interesse, pré-estudo, conhecimentos prévios, cumprimento das tarefas faz com que as aulas saiam do papel e ganhem espaço, vislumbrem o horizonte.




Estudar é muito mais que ir à escola, com ou sem uniformes, ter material escolar. É desejar ampliar conhecimentos. saber que se pode crescer e crescer, e tocar o céu das impossibilidades. . É reconhcer-se parte de um gupo e que pode interagir, dividir, somar atitudes capazes de fazer um mundo melhor.




Cada vez mais me conscientizo de que " nem sempre vida boa é sinal de bom aprendizado. Às vezes aprende-se mais em tempos de guerra. "






Além mar...


domingo, 14 de junho de 2009

Deus, meu criador e mestre










A ti, oh Deus, meu Criador

elevo esta prece

elevo meu pensamento e entrego

meus desejos, dores e sonhos.

Sou fraca e, tantas vezes me sinto só

ando pela vida

em busca de alguém que possa me orientar

esqueço-me que somente em ti

há o conforto necessário

a paz

a possibilidade de vida em abundância.

Acolhe-me, Oh Deus, meu criador

deixa-me deitar em teu colo

afaga-me os cabelos

perdoa-me se não faço o que deseja

se sou filha que perscruta o beiral

em vez de acolher-me em seus átrios.

Acolhe-me, oh Deus, e cuida dos que me são

especiais

sou tua filha, oh mestre

cuida de mim

porque de ti dependo para ser e fazer

a outros felizes.

Arte e Cultura


A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo
Merleau-Ponty

A vida e suas formas de ser vista e sentida. A percepção, a sensibilidade, o fazer e o refazer quando se trata de percorrer caminhos que conduzem a expressão cultural de um povo, comunidade, pessoa.

Desde o nascimento e ser respira, digere, vive e transpira cultura, porém muitos sequer dão conta da sua contribuição para o fazer cultural de um povo, enquanto outros se apossam do fazer cultural de outrem para bem próprio.

Apesar da diversidade, a possibilidade de leitura e interpretação do mundo a partir da busca de uma identidade social. Modos, padrões, hábitos, costumes, tradições, gostos, modo de pensar, agir, sentir, vestir, sabores e ritmos que se cruzam e apontam para o fazer cultural do ser humano.

O acordar numa manhã e sentir falta de hábitos e costumes, tantas vezes distante de seu olhar; o participar de determinados festejos, sem se dar conta de suas origens, o reconhecer-se em práticas culturais adormecidas, o repassar hábitos e costumes a outros de forma espontânea, sem reconhecer-se , no entanto historiador de seu tempo.

Como viver isolado, se parte integrante da grande espinha dorsal: a sociedade. Esta que desde a sua origem unifica os homens, apesar de suas diversidades. Espinha que ergue a humanidade em sua trajetória. Torre de babel que se comunica por meio da identidade construída, no entanto, a partir da possibilidade de expressar-se, sentir, perceber e sentir o mundo.

Mundo , mundo, vasto mundo, que no entanto se unifica quando se trata de expressar-se. Diferenças culturais, civilizações mais ou menos, adiantadas, diferenças biológicas, geográficas, erudição, cultura popular, de massa, questões endógenas, exógenas, endocultura, e a velocidade com que as transformações atingem o homem, o grupo, levando-o a adaptar-se, desejar transformar o mundo real por meio da história de vida a si repassada, vivenciada por si próprio.

O que demarca, dá significação e comunica os diferentes modos de pensar e sentir a vida: a linguagem. Esta que lhe permite transmitir sua história de geração em geração. A comunicação pela intersemiose, os signos verbais, as práticas culturais, a cultura expressa por meio da materialização do pensamento.

Zora...nossa lendária cidade, e a real necessidade do ser em se comunicar. A necessidade do diálogo cultural, o expressar-se nas diferentes manifestações para não morrer no esquecimento. O resistir a cultura de massa, tantas vezes afastado da erudição para transformar-se no artista de seu tempo.

A industrialização, a informatização, os meios de comunicação com seu poder de emancipação e a possibilidade de tronar-se ponto de intersercção na interação sujeito -sociedade. Mas a quem é dado o poder de conscientização senão ao homem . Independente de classe social, raça, etnia, A possibilidade de adquirir conhecimento e torná-la pratica significativa. E quando ainda adormecida, uma proposta educativa torna-se capaz de desenvolver uma consciência multicultural, O despertar no ser aptidões, valores capazes de transformar o meio e a si, Ser atento as transformações e necessidade de dividir seus conhecimentos.

Pensar cultura, na contemporaneidade, trilhar caminhos que conduzem a valorização de praticas culturais independentes de camadas sociais. É relacionar-se com diferentes tipos de conhecimento. Reconhecer que diferentemente de Zora, é necessário andar pelas ruas da cidade com olhos voltados para as transformações. Usar de toda sensibilidade para recuperar o que já está quase adormecido. É ter percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-se capaz de encaixar as ideais do artista, seja ele proveniente da cultura de massa ou popular,a sua prática cotidiana.

Vivamos as diferenças culturais , não nos deixemos confinar como Kabala e Amala,. Vivemos num Brasil audiovisual, sim, mas não nos deixemos ser comprados pela cultura de massa, não abandonemos nossas tradições, tantas vezes por vergonha. Tenhamos percepção suficiente para saber administrar o conflito entre qualidade Plástica e comunicabilidade, tornando-nos capazes de encaixar as ideais do artista, , a nossa prática cotidiana.




Além do Olhar
Ivo Pessoa
Composição: Paulo Henrique e Paulinho Soledade




Quando os olhos vêem

O que ninguém mais vê

Imagens aparecem

Mesmo sem querer...

Quando cada sonho

Se torna real

E tudo que acontece

É sempre um aviso

Um sinal...

Se um dom especial

É dado prá alguém

É prá ajudar o bem

Na luta contra o mal...

É como a luz do sol

Que toca um cristal

E em sete cores

Mostra assim

Que tudo é natural...

É como o som do mar

Que vem nos alcançar

Prá nos mostrar o amor

O amor que existeAlém do olhar...

Longe da razãoO fogo da paixão

Arde o universo

Queima meu coração..

Passado ou futuro

Junto com você

Eu te sintoEm todo o mundo

E nas estrelas

Posso ver..

Se um dom especial

É dado prá alguém

É prá ajudar o bem

Na luta contra o mal...

É como a luz do sol

Que toca um cristal

E em sete cores

Mostra assim

Que tudo é natural...

É como o som do mar

Que vem nos alcançar

Prá nos mostrar o amor

O amor que existe além do olhar

O amor que existe além do olhar...

domingo, 7 de junho de 2009

A Arte de Ver, Sentir e expressar a vida


O que é a vida senão um palco, uma tela, espaço em que os protagonistas elaboram conceitos, registram idéias, dividem ideais. E o que é a Arte senão uma forma de ver e sentir a vida, os fatos, as pessoas, tudo aquilo que de certa forma dialoga com nosso interior. Lápis que se deixa mover pela emoção, que não se importa de ser possuída por uma alma ,tantas vezes , intraduzível e que as vezes pode se comunicar timidamente, num simples rabisco, outras , numa repetição de pontos realizados por uma agulha de crochet, de bordar, de tricotar ou ainda, manifestando-se na cultural de um povo, comunidade.


Até ingressar-se na escola, o aluno muitas vezes, não sabe identificar seus dons, não realiza descobertas, não expressa de forma clara suas habilidades. Alguns, até manifestam alguns interesses, como para o desenho, dança, canto, despertando interesse de familiares, amigos, até mesmo profissionais ligados a manifestações artísticas, mas a maioria encontra-se em estado de graça, no útero da imaginação.





E é neste contexto de descobertas que a arte, na escola, surge. Uma disciplina que, embora levada por muitos, como brincadeira, é capaz de desenvolver habilidades e talentos; resgatar a identidade, cultivar práticas tantas vezes adormecidas. Pena que muitas vezes o professor, não saiba despertar ou mesmo abafe a expressão artística de seus alunos. Um comentário, atividades repetitivas ou mesmo fora de um contexto. O abafar a expressão para valorizar aquilo que já se tem pronto, construído. Não que o aluno não deva aprender conceitos necessários, imagina se uma dançarina não treinasse horas e horas, se um pintor não aprendesse a misturar cores, se um fotógrafo permanecesse sempre com a máquina de seus antepassados...





E acredito que tenha sido neste contexto que muitos artistas tenham sido gerados ou visto suas habilidades enterradas. Ainda bem que alguns não se deixam dominar e ultrapassam as imaginárias linhas do horizonte. O que nos faz lembrar de algumas aulas de educação artísticas, as tão esperadas, que nos permitiam deitar no papel sentimentos saltitantes; que nos ensinavam a pregar botões, pintar paninhos de prato, brincar de montar casinhas por meio de maquetes, indo desde a escolha de cores das paredes aos objetos de decoração. Eram aulas muito direcionadas a formação feminina? Sim, até porque muitas escolas eram de freiras, mas havia a possibilidade de crescer e visualizar mudanças. Não se tinha ainda, pelo menos no contexto bancário, exemplos de macacos a pintar telas. Era tudo muito figurativo, mas o azul do céu, as ondas do mar, os pássaros, até mesmo os botões eram possibilidades de escolhas. Digamos que até mesmo a margem, aquela que serve de moldura e , hoje, tão desrespeitadas por alguns alunos, serviam-nos de paradigmas.





Os tempos mudaram. Ás vezes penso se para melhor ou pior, se considerado a falta que nos faz um representante artístico capaz de captar a fragmentação do ser de forma não tão simplória ou mesmo confusa. Penso na possibilidade que a formação artística possibilita ao ser. Enquanto tudo é repetição, regras, a arte surge como inovação. Se repararmos, juntamente com a escrita, torna-se capaz de registrar fatos, colocar para fora aquilo que tantas vezes incomoda, destrói ou melhor, poder mudar todo um contexto.




Se no passado a disciplina tenha caráter sócio –educativo, hoje a arte pode resgatar vidas, realizar o mesmo diálogo, porém de forma mais direcionada e menos formal. Artes pode interagir com matemática, ciências, inglês, Português, com a família, com as prioridades do mundo, ajudando no combate a violência, colaborando cognitivamente, ao reconhecer-se capaz de idealizar uma obra sem antes nunca tê-la visto, ao poder resgatar sua identidade, construí-la por meio de uma exposição, oficinas.



Cultura


cultura


cultura


c u l t u r a


Para simplesmente adquiri-la
necessário se faz conhecimento.
Para tornar-se parte dela
é necessário captá-la nos mínimos movimentos,
gestos.
Preciso é tocá-la
senti-la
nos inúmeros tons da vida.
cultura?
se adquiri desde o despertar para a vida
mas para ser vivida
sentida
usufruída
necessário se faz o convívio
a troca de experiência , às vezes,
até respeito pela jeito de ser e viver do outro.
Cultura é tudo e é nada;
tudo, porque sem ela não se totalmente livre
nada, se ficar tão somente restrita aos livros
velhas folhas de papel em branco.
Cultura é vida.
É a caneta pela qual
se registra a emoção
a criatividade
expressão ímpar
de um povo
de uma nação.
É minha
a sua
a nossa
carteira de identidade.

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Quem sou eu

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.