terça-feira, 8 de março de 2011

Socrates


"Eu sou a minha alma’ - máxima de Sócrates em relação à imortalidade da alma, há mais de 2.400 anos.
Considerado um preguiçoso por sua esposa Xantipa; um deus para os jovens e perturbador da ordem e da lei, para os letrados da época, com sua maneira simples de viver, sua única preocupação era, certamente, a justiça social, reconhecido com um estimulador do pensamento e, para isso, não mediu esforços, dedicando-se a reflexão e propagação de seus pressupostos.


Preocupado com a tarefa da filosofia, a verdade a ser ensinada a partir dela, afirma que, assim como nos vemos refletidos num espelho, a alma conhece a si própria ao analisar a sua parte racional e a sua parte espiritual. No diálogo mantido com Alcebíades,[1]afirma ‘ não poder indicar parte da alma que seja mais divina do que aquela que moram o conhecimento e o pensamento.



Em Fedom, o filósofo registra, nos oito capítulos constantes da obra, a imortalidade da alma, esta fundada na filosofia da psyké; no dualismo antropológico – como se apresenta alma humana em cada momento; na teoria do conhecimento – distinção entre mundo sensível e inteligível; na teoria das idéias inatas - qualidade do conhecimento sensível.



Alguns artista retratam um pouco do momento vivido pelo filósofo, antes de ser envenenado. Um mestre diante dos amigos, seguidores e, da morte, sem no entanto sentir-se intimidado por esta. A tela “ A morte de Sócrates”,

[2] nos remete à reflexão ao observar a forma como os supostos adornos da alma: a justiça, a liberdade , a temperança e a verdade, tornaram-se sua prática de vida.


Mesmo após sua morte, suas palavras permitem a reflexão e, principalmente, observar a forma como são perseguidos, aqueles que fogem ao condicionamento, visualizam beirais, alcançam vôos, quando, nem mesmo a taça de cicuta permitiu que se apagasse a crença de que “ morre-se o invólucro da alma, jamais ela. “
Portanto, “ Ides para vossas vidas! “




[1] Extraído de Alcebíades I, de Platão.

[2] imagem no formato jpeg

2 comentários:

  1. Olá, muito bom o texto, estou procurando o diálogo "Fedom", sabe onde posso encontra-lo?
    Obrigado
    Cassiano

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  2. Aqui o link não sei se já o encontrou http://goo.gl/pTX8CW

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.