quarta-feira, 9 de março de 2011

Pelas ruas da cidade (1)

" Os espaços preenchidos pelos elementos que constituem uma cidade, bairro, comunidade,
retratam a cultura e perspectiva de um povo; são casas, prédios, comércio,
Teatros, escolas, praças, ruas e, avenidas ou alamedas, que tantas vezes passam despercebidos aos olhos, e no entanto,Carregados de lembranças, que se, revirados pelo vento da pesquisa e investigação, podem virar histórias ..."
Verônica Eugenio





Pelas Ruas da Cidade


Embora se more muito tempo numa idade, sempre há algum local que não se conhece plenamente ou que fale mais alto à memória. Os habitantes constituem parte da cultura de uma comunidade, tanto quanto seus elementos materiais, favorecendo aos que Chegam e saem, resgatar aquilo que tantas vezes alguns moradores ignoram, e que, ao serem despertos para valores culturais, passam a valorizá-los.


A percepção e descrição dos espaços e seus elementos, desde a arquitetura a memória individual e coletiva, devem ser desenvolvidas, para que se possa valorizar , resgatar e preservar elementos citadinos capazes de destacar e conservar a cultural local.

Desta forma, um tour pela cidade, a começar pelas ruas do bairro até o local de trabalho, escola, pode despertar no indivíduo o senso de coletividade; fazê-lo, inclusive despertar para mudanças que, por meio de seu olhar, possa visualizar e oportunizar crescimento e mudanças.

Desta forma, de câmera em mãos, um breve descrição dos elementos constituintes do percurso realizado diariamente pela pesquisadora, até ao local de trabalho.



Sorôco, sua mãe, sua filha...
(Guimarães Rosa)

Vista do hospital e clínica psiquiátrica - Santa Izabel.







- A gente se esfriou....


A rua e seus moradores são silenciosos, talvez em respeito à seus visitantes incomuns, que ora dormem, ora despertam de suas imaginações, devaneios. Solidão , saudade, medos.. os gritos, os choros, o cantar as vezes despertam os moradores mais próximos, trazem medo e angustia aqueles que pelas redondezas transitam. Ignoram que tantas vezes os loucos não são os que estão dentro de quatro paredes, mas sim, os que se deixam aprisionar pelo sistema.

A escolha do ângulo , demonstra estar a clinica situada numa parte mais alta da rua. Ocorre uma visualização de parte do hospital, de seus muros, com foco para uma abertura central, onde se recebe alimentos, mercadorias e também ocorre descarga do lixo proveniente do hospital. A visualização desta ala do hospital pelos transeuntes, permite observar roupas penduradas nas grades, ser abordado por uma das mulheres ali alojadas a solicitarem alguma coisa. Ser confundido por um familiar dos então hóspedes da solidão. A fragmentação da imagem, em vez da fachada principal, em detrimento à fragmentação do ser.



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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.