quinta-feira, 31 de março de 2011

Cinquentenária, eu?

“ Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons. “ Marcus Cícero

Confesso que nunca parei para imaginar como seria completar 50 anos. Vivo, intensamente, cada momento, como se fosse o último, de forma agradável a mim e, na medida do possível, nada pesado aos que comigo trilham ou trilharam as veredas da vida.



De uma coisa tenho certeza: completar anos de vida sempre me foi motivo de comemorar. Uma alegria tão indescritível, que mal consigo dormir de 30 para 31. Um mister de euforia e curiosidade, sem falar do privilegio por usufruir de algo que não sou merecedora e , no entanto, agradecida.



Já divisei águas dos 15, 30, 40 e, nesta madrugada, fiquei a imaginar o que significa alcançar a linha do horizonte, quando os ponteiros marcam meio século de vida e corpo e alma navegam em mares ainda não alcançados. O sabor da vitória e o desejo de novas conquistas. Momento de se fazer um balanço geral ou planos? Ambos?




Não me considero uma pessoa preocupada com o espelho, mas confesso que preocupa-me a possibilidade de maçãs envenenadas; Não me importo muito com o dia de amanhã, mas sempre deixo uns carocinhos de feijão pelo caminho. Sem falar da possibilidade de tecer e destecer, no meu imaginário castelo, enquanto invade a casa interior, o cheiro do peixe que um dia hei de saborear junto ao amado.



Em minha mente, o navegar do flash back e o sonho. Páginas viradas e que estão por ser escritas. A certeza de que, as experiências serviram de adubo e os sonhos, serão os motes responsáveis pelas minhas conquistas.



Completar cinqüenta anos é visualizar o universo feminino, ter embalado ou trazer adormecido um pouco de Virgília, Plácida, Helena, Maria Benedita, Sofia, Capitu, Fidélia, Do Carmo, Blimunda, Ilda, Adélia, Maria... esta que não é fruto da imaginação, mas o único modelo de vida a qual almejo seguir.




Imaginação e realidade. Fictício e páginas da vida. A certeza de que não se constrói um castelo em poucos dias; edifica-se muros sem cooperação, faz-se da vida uma sinfonia sem se ter aprendido a decifrar notas. Estas, simbólicamente representadas pelas vidas que cruzaram e cruzam, diuturnamente, meu caminho.




Se hoje, alcanço a linha do horizonte repleta de sonhos e agradecida a Deus é porque tenho comigo exemplos de vida. Compartilho e apreendo experiências, com àquele que é peça fundamental no grande palco da vida: Você! Elemento este, capaz de azedar ou dar sabor à vida, a minha vida.



Brindemos, pois, a vida!

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.