terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Não quero ter razão, quero ser feliz!




Embora sendo amante da literatura, foi no programa da Ana Maria Braga em que tive oportunidade de ouvir o pensamento que dá título a esta breve reflexão. Desde o primeiro momento, bateu-me uma enorme vontade de ser feliz, de adotar como lema de vida, comportamento capaz de evitar os tão comuns conflitos causados pelo excesso de razão.

Não sei se devido a idade, o adquirir experiências, a verdade é que necessito urgentemente não me incomodar mais com pessoas que adoram ter razão em tudo, um verdadeiros frascos de saber, quando sempre se tem que prevalecer a opinião delas, mesmo erradas, claro.

Em 2011, cheguei a procurar um psicólogo, para saber, lógico, como reagir diante de tais pessoas, sim, porque, se o problema for comigo? Alguém deve sempre ter razão, existe a verdade, verdadeira? Está certo que existem os padrões, as vias de regras, mas o que fazer quando se convive com alguém que não admite erros, que nunca admite ter errado, considera-se filósofo do mundo, autodidata, ser infalível, que sempre acha um culpado para os erros próprios, assumindo somente os acertos e, o pior, ao perceber-se acuado, que o outro está coberto de razão, parte para agressão, conduzindo o outro a remissão dos pecados sob pena, lógico, de agressões verbais, falando coisas que a pessoa não é, só par ter razão?

A frase chegou como água fresca em tarde ensolarada! Eureca! Uma maneira de não mais me punir diante da humilhação que sempre circunda o ser, ao perceber que nunca se acertar o alvo, diante de tais pessoas, e ainda, âncora capaz de manter-me embalada nos braços da paz reconquistada.

Fala, pode falar! Diga o que e como quiser. Acerte, desacerte, construa castelos de palavras tolas, derrube conceitos, faça muro com seus preconceitos. De agora em diante, não vou mais me justificar. Antes mesmo de o conflito começar, ao perceber a nuvenzinha negra que se aponta no horizonte, já terei me despido da tão cruel capa da razão. A exemplo de Gullar, terá que descobrir, por si só, que pode até ter ganho a discussão, mas não terá com quem mais dividir seu teu habitual troféu da soberania real.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Quem sou eu

Minha foto
Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.