domingo, 15 de janeiro de 2012

2012, ano e conquistas

Já se foram 15 dias de janeiro. Pela primeira vez, privo-me de ir para o litoral com a família. Fiquei a trabalhar e, sinceramente, como tenho descansado. Descobri que solidão não é um mal, as vezes, remédio e companhia eficaz, principalmente quando se leva uma vida bastante agitada no decorrer do ano.

A cidade encontra-se silenciosa, mesmo no decorrer da semana, o que me faz lembrar de uma crônica de Claudia Sabadini, ao descrever a cidade no mês de Janeiro. Na ocasião, não consegui imaginar, hoje, é como se estivesse caminhando pelas entrelinhas.


2012 surgiu cheio de esperanças, no entanto, vê-se que os problemas, são os mesmos, ou piores, ao se ler as páginas do Jornal, ouvir os comentaristas no rádio, nos jornais locais da Teve. Talvez, seja impressão minha, apenas o ter disponibilizado tempo para uma coisa não habitual

Por falar nela, a teve, Tv, seja lá como for, um caos a programação, nem todas, certo. Mas coitada de minha filha. Agora entendo porque prefere dormir, ir para casa de amigas, shopping, depois das aulas matinais.( é que minha tv a cabo estava com problemas, agora consertei, claro) Será que a programação é a mesma no decorrer do ano? De tão repetidos alguns programas, as vezes penso que sequer sai do lugar, mudou a data no calendário, e quando vejo, já é sexta-feira, e para alegria minha e de meus gurias e amigos, nos divertimos, ao " remedar" as cenas decoradas no decorrer da semana. Vou poupá-los de citar os programas, porque acredito que bem os sabem.Como ficam os idosos , crianças e adolescentes que necessitam ficar em casa nas tardes semanais e não possuem opções de canais?


Hojé é domingo. A piscina está lotada. Pelo jeito não foi somente eu quem preferiu ficar na cidade natal. Bem que senti falta da minha tradicional caminhada ao fim da tarde na minha amada Itaipava. Madrugada desta acordei com as cortinas do quarto a dançarem, um vento praiano invadiu o ambiente. Ao aproximar da janela, o céu reluzente e, minha nossa, depois de tanta chuva, pude contemplar a lua. Caramba, bateu uma saudade enorme do litoral. Não fosse madrugada pegaria o carro e veria os pescadores lentamente deitarem seus barcos nos braços do mar...


Senti imensa saudades de quando os meninos ainda eram pequenos, de estar junto deles. Embora não estando lá, parte de mim despertou. Sempre acordo com barulho dos barcos, na madrugada, e aproveito para ver os meninos em seus quartos. Chego até à varanda para orar e pedir a Deus que sempre mantenha unida minha família. Quando percebo, estou a cantarolar, assim como o faço lá, cantiga ensinada por minha mãe: "minha jangada vai sair pro mar..."



Há tempo para tudo, janeiro de 2012, é tempo de rever a vida, arrancar folhas e reescrever histórias. Em 2011, convivi com pessoas que muito contribuíram para este momento de reflexão e crescimento, de tão egoístas e ruins que foram. Algumas chegaram a minar minha autoestima, outras desacreditar no amor cristão.

Hoje na igreja, pude resgatar parte perdida. Recebi o abraço de uma irmã, que se pôs a orar comigo e senti como são importantes as pessoas em nossas vidas, as que realmente nos querem bem e que, nem sempre precisam ser, estar próximas de nós. Apenas, presentes, no exato momento de nossos vazios.

Janeiro já está na metade. Breve virá fevereiro, março, com diferentes estações e possibilidades.No silencio das madrugadas vividas e que ainda estão por vir, no papear com uns e outros nas tardes do meu Cachoeiro, o poder confirmar que: viver é fragmentar-se.


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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.