quase não os ouço mais
embora cultive dentre d"alma
os sons que me despertavam
para o novo alvorecer.
A lembrança de meu amado pai
a despertar-me, com suave voz
medo de me despertar pra vida
abafada pelos badalar dos sinos
como que se deixasse a eles
a abrir de meus olhos.
Os sinos das Catedrais
hoje trazidos pelo vento,
tão distantes,
abafados pelas lembranças?
de vez em quando,
ainda invadem minhas janelas
penetram minha alma
perfumam lembranças contidas em laços de fitas
e cheiro de naftalinas
ninguém os ouve, além de mim
embora os diga:
"Os Sinos das catedrais!''
e pouco a pouco , feito nuvem se desfazem.
Seis horas da manhã.
Meio dia.
Seis horas do entardecer.
A vó.
O vô.
Quantos mais se fizessem presentes
a hora do Ângelus
A complexidade do mundo
contidas nas opacas lentes
de minha pequenez.
Mal sabia eu
que seriam estes atados eternamente
as minhas melhores lembranças.
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