quinta-feira, 14 de julho de 2011

OS SINOS DAS CATEDRAIS


Os Sinos das Catedrais

quase não os ouço mais

embora cultive dentre d"alma

os sons que me despertavam

para o novo alvorecer.

A lembrança de meu amado pai

a despertar-me, com suave voz

medo de me despertar pra vida

abafada pelos badalar dos sinos

como que se deixasse a eles

a abrir de meus olhos.

Os sinos das Catedrais

hoje trazidos pelo vento,

tão distantes,

abafados pelas lembranças?

de vez em quando,

ainda invadem minhas janelas

penetram minha alma

perfumam lembranças contidas em laços de fitas

e cheiro de naftalinas

ninguém os ouve, além de mim

embora os diga:

"Os Sinos das catedrais!''

e pouco a pouco , feito nuvem se desfazem.

Seis horas da manhã.

Meio dia.

Seis horas do entardecer.

A vó.

O vô.

Quantos mais se fizessem presentes

a hora do Ângelus

A complexidade do mundo

contidas nas opacas lentes

de minha pequenez.

Mal sabia eu

que seriam estes atados eternamente

as minhas melhores lembranças.

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Sou um ponto Elemento visual real tantas vezes pequeno em relação a um plano maior. Um ponto que penetra espaços vazios de sentimentos emoções. Sozinha Sou apenas um ponto mas que ao aglutinar-me viajo no universos das possibilidades fusão do verbal com o visual na complexa sintaxe da vida.